sábado, 24 de novembro de 2018

Quase esperança

Você poderia me dizer os momentos que te deixam feliz, às vezes sem um grande motivo? Sim aquela pessoa que, sem dizer nada, te brinda com um sorriso em teu rosto, ou aquele filhote, ou flor que te paralisa por alguns segundos da mais pura contemplação. Foi essa sensação que quis passar hoje, os momentos que nós simplesmente existimos, em êxtase.



   É uma vontade de respirar,
   de te ver e assim faz-se esperança.
   Sim! Ver-te traz esperança,
   é ver passarinho sair do ninho,
   é saber que o Sol irá nascer,
   é abraço de criança.
   Eu sonho todo dia
   em ver-te sempre mais.
   Mudo meus caminhos
   para ver se cruzam com os teus.
   Você já me define, hoje,
   sem ao menos imaginar quem sou.
   Assim eu vou sempre sonhar,
   em ver-te todo dia.



Assim, vai ficando mais um texto para traz e mais um pedido encarecido para compartilhar o texto em suas redes sociais e comentar aqui em baixo, deixar um registro, opinião, críticas (positivas ou negativas). Sempre bom ter o feedback de vocês.

sexta-feira, 16 de novembro de 2018

Eu não sei o que dizer

Para que escrever tanto, o que eu ganho com isso? A pergunta é frequente e a resposta é a mesma: absolutamente nada. Pelo menos nada do mundo, nenhum reconhecimento, nem um único centavo. Tudo isso (ou nada disso) não me impede de continuar a esmerilar a palavra sempre que possível. Em total dissonância com que querem provar, talvez a recompensa não seja exterior, talvez não seja conquista de dinheiro, fama, amores que seja o objetivo final e definitivo. Claro que isso soa clichê, a realidade tão bem estabelecida soa clichê, assim como eu vir aqui e afirmar que o Sol nascerá amanhã não será especial a ninguém. Dizer algo que todos já sabem, mesmo que virem o rosto para não ver a aurora, nunca será novidade alguma. No entanto, aquilo nem todos sabem, na verdade ninguém realmente sabe, por que se dar tanto a escrever? Talvez o prazer de contemplar parte de si eternizar-se como arte seja algo que o ser humano não esteja habituado, muito menos racionalizado em algum grau, por isso a estranheza e falta de prática de fazer-se eterno sem ser infinito. No mais, fiquem bem e com o texto.



   Eu não sei o que dizer.
   Escuto, vejo, sinto.
   Não há no entanto
   o que dizer.
   Não que não haja realmente,
   metafisicamente, sempre há.
   A contenda reside na psiquê.
   A construção neuronal do raciocínio.
   A capacidade de esboçar o mentalizado.
   Ideias voam frente a nós o tempo todo.
   Imploram por atenção, por exposição,
   mas nós negamos isso a elas.
   Resguardamo-nos ao direito do silêncio.
   Damo-nos ao escrutínio da vergonha.
   Perecemos para monstro de nós mesmos.
   Derrotados por algo que nunca existiu:
   o terrível e indomável futuro.
   Ainda disforme e inofensivo,
   enquanto isso, as ideias voam por aí.



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sábado, 10 de novembro de 2018

Caminhos

Perdido nas anotações estava ele. Logo me veio que não poderia deixar de postá-lo. Então aqui está, espero que gostem.



   Caminhos existem.
   Caminhos inesperados.
   Caminhos desesperados.
   Caminhos exasperados.
   Basicamente, caminhos existem.
   Loucura é escolher.
   Porque caminhos traçados
   são rastros em mármores.
   São pesos eternos na memória.
   Caminhos não têm volta.
   Caminhos têm desvios.
   Loucura é escolher.
   Eu escolhi poesia.
   Erroneamente, talvez,
   mas escolhi e não há volta.
   Loucura é escolher,
   porque poesia não te dá nada.
   Nada materialmente lógico
   e nada materialmente lógico
   dá-te algo de poesia.



Se caminhos existem, escolha o caminho de compartilhar e comentar. Brincadeiras a parte, fico muito feliz em escrever para vocês e seria muito bom atingir um novo nível e levar poesia a mais pessoas, para isso eu preciso da ajuda de vocês.

sábado, 3 de novembro de 2018

Os meus amores reais


Depois de um longo tempo, texto metrificado e rimado. Saí um pouca da zona de conforto com esse texto e estou um pouco empolgado, então, fiquem com o texto.



Os meus amores reais
são todos imaginários.
Mentalizados, são vários.
Sem começo, sem finais.
Se cria, o corpo não avança.
Não deixei de ser criança.

Vivo em constante abstração.
Pensar é tudo o que posso.
O sofrer não é meu, é nosso.
Pensar apenas é em vão.
Quero fazer-te feliz
e o que realmente fiz?

Não que eu seja necessário
ou que eu faça alguém melhor.
Nem sou unguento para dor,
mas por que ir no itinerário?
Ser ao mundo só um alento.
Poesia, isso eu intento.



Desde já agradeço a leitura. Gostaria de recomendar os outros poemas do blog. Gostou? Compartilhe e comente aqui em baixo, é sempre excelente ler comentários.

quarta-feira, 31 de outubro de 2018

(A)temporalidade

Um olá a todos e um pedido de desculpas. Já faz algum tempo que eu não posto, não tenho explicações para isso, até o texto já estava pronto a dias e eu simplesmente não publicava aqui. O título é uma  homenagem ao grupo "Versos que compomos na estrada", em especial a música Tempo a qual indico com veemência a todos. Espero espero ter saciado, ao menos um pouco, a sede por poesia de vocês hoje.



(A)temporalidade

   Estou à deriva.
   Minha jangada não para.
   Sempre de leste a oeste,
   a aparecer e desaparecer,
   sem nunca parar.
   Não se respira, não se pensa.
   Somente flui como newtoniano que é,
   mas não no espaço, com o espaço,
   como as indissolúveis faces de um papel
   em que a mesma história é contada
   em duas línguas diferentes.

   E o que fazer no meu barquinho,
   se não lutar contras as ondas,
   ler os meus livros,
   amar as velas dos outros,
   deixar que siga?
   Navegar é simplesmente ir.
   Ir onde é enviado.
   É abraçar quem se choca a você,
   beijar quem você chocar.
   Até que se chegue ao calmo mar.



Como já falei bastante na introdução, aqui me resta pedir. Compartilhe se gostou, pense em como seria legal discutir com aquele seu amigo que gosta de poesia. Comente também, o feedback é ótimo para mim, estimula e propicia condições de eu entender melhor o que pessoas comuns pensam sobre a poesia, um olhar um pouco mais exteriorizado dos ditos entendedores.

segunda-feira, 1 de outubro de 2018

O que não aprendi na escola

De início, já me desculpo pela demora em postar algo novo, nem sempre é possível estar atualizando o blog, mas desde já reforço o meu compromisso de sempre trazer algo a vocês, pois o mundo merece ouvir algumas coisas. Sobre o texto, sabe quando algo lhe fica engasgado durante um tempo, querendo sair, mas não sai. Hoje consegui dizer, talvez não dá melhor forma possível, disse, no entanto.


   Escrever é mais que juntar palavras.
   Tenho isso em mente,
   mas não há um dia sequer
   que não penso em você
   e nas coisas que gostaria de fazer contigo.
   Dá-me uma vontade louca
   de escrever tudo que me vem,
   de abarrotar as bibliotecas com você.
   Mas escrever é mais que juntar palavras.

   Escrever é sentir cada átomo
   de uma gota de chuva
   e entender o que eles querem te falar.
   Ao mesmo tempo que não sabe
   muito bem o porquê de nada.
   Escrever é buscar a terceira via,
   fugir da dicotomia do mundo.
   Mais que móvel e imóvel, imaginável.
   Escrever é sofrer por tudo,
   mas também se alegrar sem motivo.
   É mais que juntar palavras.

   Escrever é te olhar todo dia.
   Pensar em como queria estar contigo.
   Saber exatamente tudo,
   tudo que deveria saber.
   Sem realmente entender nada.
   Ficar feliz só por ver-te passar pela porta.
   Entristecer-se quando se vai.
   Mais que acertar ou errar, abstrair.
   É mais que juntar palavras


No mais, agradeço a leitura, tomara que tenha satisfeito ao menos um pouco do desejo por poesia do seu coração. Se possível comente, gostou? compartilhe.

segunda-feira, 10 de setembro de 2018

Confissões, versos e alívio.

Às vezes eu fico pensando o que diferencia artistas dos outros. A última teoria que elaborei é que o artista quer transformar tudo em arte. Pessoas comuns, independente de inteligência, apenas vivem aquilo que lhes é posto afrente, agindo e reagindo conforme a ideologia, caráter, convicções ou mesmo como a situação exige, atropelando todas as outras. Eu (por favor não criem um juízo de valor sobre o que vou escrever, não me coloco superior a ninguém é apenas relato daquilo que sempre existiu) vejo tudo na forma de versos, tento entender todas as coisas como poesia. Com isso em mente, acredito que o próximo poema ficará um tanto mais palatável.



   Não há um dia sequer
   que este teu olhar não me torture.
   Não há culpa, mágoa, dor.
   Só existe desejo,
   o desejo louco de te amar.
   Um louco não-maníaco, mas inexplicado.
   Eu o compreendo, no entanto não há
   quem me faça entender a causa-efeito.
   Você me olha e o peito grita.
   Grita de vontade de estar ao teu lado.
   Vontade de te contar meu dia.
   Vontade de ouvir suas músicas favoritas.
   Vontade de deitar no silêncio do teu colo.

   Entretanto, há a barreira intransponível
   dessa nossa timidez.
   Que eu simplesmente esqueço
   ao sentir o cheiro dos teus cabelos.
   Esse cheiro de... De...
   De brisa no verão.
   De água pra quem tem sede.
   De retorno ao lar.
   Ele transforma qualquer coletivo
   nos jardins de Amsterdam,
   nas praias da Indonésia,
   no conforto de uma lareira.
   Basicamente, nos lugares onde quero estar.
   Estar, contigo, sempre.



Gostou? Acredita que mais pessoas poderiam ler esse poema? Então você pode ajudar compartilhando nas suas redes sociais e deixando um comentário aqui no blog. Não quer perder outras postagens? Você pode tornar-se um seguidor do blog e receber notificações diretamente no seu aparelho.

terça-feira, 28 de agosto de 2018

Amor, a loucura dos deuses, perdição dos homens/parte-4

Confesso que já estava sentindo falta dessa série. Hoje eu trago a vocês um exemplar sóbrio, não sei se algo que alguém leria para a pessoa amada, tomara que sim. Não sei se tenho muito o que dizer, vou partir logo ao poema.



  É engraçado esse negócio de viver.
  Quero o controle de tudo.
  Absolutamente tudo como planejei.
  Não controlo nem os pensamentos.
  Curioso como mudei pouco.
  Passaram anos e ainda penso em você.
  Sempre!
  Ainda estou aqui te escrevendo.
  Ainda espero o Sol nascer.
  Ainda escondo minhas ideias.
  Ainda exponho minhas fraquezas.
  Eu poderia falar de beleza.
  Falar como gosto do seu sorriso.
  Falar da cor dos seus cabelos.
  Falar da hipnose dos seus olhos.
  Poderia!
  Sabe que gosto mais dos momentos.
  De como nunca te faltaram palavras.
  De como sempre nos falta tempo.
  De como você se faz profunda sem esforço.
  Sem perceber, várias vezes.
  Sempre tive mais esperança com você.
  Não em mim, este já se perdeu.
  No mundo!
  Não tenho opiniões sobre o Amor.
  Não tenho opiniões sobre quem eu sou.
  Mas caso precise imaginar o que é o Amor.
  Apenas uma ideia me permeia a mente.
  Algo que nem os anos me tiraram.
  A perfeita imagem se constrói.
  Você!



Obrigado por lerem, é sempre um prazer escrever a vocês. Gostaria de deixar claro que faço isso por dois motivos, o primeiro e indissolúvel é porque gosto, isso sempre estará em minha mente ao pegar os meu notebook e começar a transcrever as anotações do meu caderno. O segundo motivo, este um pouco mais complicado de comprovar é que eu imagino que alguém goste de ler, se é o seu caso, imagine também que outras pessoas possam gostar, não deixe compartilhar a essas pessoas, isso colabora muito com o desenvolvimento do blog.

sexta-feira, 24 de agosto de 2018

O que eu sei sobre mim mesmo?

Hoje uma amiga me disse "sabe o que eu estou pensando? Eu não sei o que estou pensando". Pode parecer confuso e é confuso, mas isto é a existência, simplesmente não saber nada. Não saber nada sobre outros, sobre o futuro e, principalmente sobre o futuro. Fiquem bem e com a poesia


   Eu poderia ficar aqui,
   fingindo ser quem eu não sou,
   sorrindo para um e para outro.
   Fazer, basicamente, o que sempre fiz.
   Usar a mesma máscara
   até que se faça segunda pele
   e nem eu me reconheça.

   Eu poderia ficar aqui,
   no entanto preciso saber quem sou.
   Já não aguento mais olhar o espelho
   e todo dia ele chamar-me
   por um nome diferente,
   Eu já não sei quem sou.
   Sequer sei se tenho asas ou cascos,
   se me dou a sorrir
   ou atravesso a rua,
   para não me dar a grosserias.

   Eu bem que poderia ficar aqui,
   mas vai adiantar de algo?
   Algo aqui trará alguma resposta?
   Nesse estado subconsciente
   haverá, por acaso, algum vestígio de mim?
   Quem sabe não sendo eu,
   eu descubra quem eu sou?
   Talvez não sendo eu mesmo
   Descubra que sou aquilo que não sou.
   Ou então eu fico logo louco
   e passo a debater com minhas canetas
   Se é que já não o sou.


Tudo bem? É um prazer voltar a escrever, espero que vocês também. Se sim, não não deixe de apoiar o movimento, um comentário ou compartilhamento é muito importante, ajuda demais e não custa absolutamente nada. No mais, obrigado pela leitura e volte sempre.

domingo, 19 de agosto de 2018

Descobertas

Sim, voltei, não sei por quanto tempo. Poderia dar muitas desculpas para demorar a postar, no entanto isso não passaria de compor uma música que não merece ser tocada. Sobre o poema, ele é o que é, sem mais.


Eu não sei o momento exato
em que o Sol parou de brilhar
com a mesma intensidade.
Acho que foi uma decisão dele...
Pessoas mudam, por que não sóis?
Talvez nesse ciclo de nascer e morrer,
algo deve ter nascido em sua mente.
A culpa é sempre dos outros mesmo.

Mas isto não vem ao caso.
Porque foi aí que eu perdi meu medo de abelhas.
Descobri que fui picado mais de uma vez,
não sou alérgico.
Descobri que não preciso só correr atrás de mel,
há outros modos de adoçar a boca
Sei também que meu corpo não precisa ficar incólume.
Se doer, doeu, não há como fugir disso.
Muito pior que a dor é o medo.

Foi só com o Sol brilhando menos.
A luz batendo menos no braço
e os cabelos se eriçando com o frio.
Não dá para viver tateando o escuro,
ou só correr pela floresta a esmo.
Só com o Sol brilhando menos que eu entendi.
Entendi que não dá para viver
só para ver qual a próxima
cartada do maldito destino.
Viver tem que ser um pouco mais,
mas é. Eu que descobri
somente quando o Sol brilhou menos.



Fala pessoal, tudo bom? Sentiram saudades? Espero que tenham gostado, aqui eu deixo o de sempre, compartilhem e comentem, ajuda muto. Até a próxima.

sexta-feira, 1 de junho de 2018

O que eu posso fazer?

Acho que temos um novo record, sessenta versos, todos com a maior das minhas dedicações. Eu realmente gostei desse texto e peço que tentem capturar todas as nuances possíveis. Sei que isso não é tão simples em um texto relativamente grande como este, mas vai valer a pena. Uma dica para quem lê o blog no celular, deixe a tela na posição horizontal, isso facilita a experiência. Ademais, aproveitem a leitura.


   Não te dou certeza de nada,
   isso é algo que não dou nem a mim.
   Não por achar errado, imagina.
   Dê suas certezas quem o possa.
   Sou física e metafisicamente,
   e qualquer outra palavra difícil
   que me vier, só para impressionar-te,
   INCAPAZ.
   Palavra difícil, eu sei.
   Não são muitos que utilizam
   em função emotiva. Não posso fazer nada.
   Não me pertence o dia de amanhã.
   Isso é bíblico
   e bem sabes como sou religioso.
   Posso mentir a mim e a ti.
   Dizer e detalhar como tudo acabará bem.
   De como vamos sorrir de tudo, no fim
   (expressão complicada essa: "O FIM",
   mas isso não é para agora).
   Não o faço por pura maldade.
   Faço porque sou viciado
   em sorrisos e quero todos os teus.
   Não leve a mal minhas dúvidas,
   nem repare demais nas minhas contradições.
   É outono e faz calor e frio.
   O que EU posso fazer?
   Olho para alguém e o peito acelera.
   Não posso nem me controlar.
   Se não controlo nada,
   como posso dar certeza de algo?

   No entanto, prometi a mim mesmo
   que não ia só reclamar da vida.
   Ouça o que eu posso fazer.
   Posso, com certeza, dizer
   as besteiras que sempre digo.
   Sei que o teu sorriso não aprecia 
   somente a mim, mas a ti.
   Que sempre estarei disposto
   a tirá-los, nem que por insistência,
   das garras das tuas maiores inseguranças.
   Posso, também, outra coisa.
   Posso pedir-te promessas vazias,
   pois não tem obrigação nenhuma com elas.
   Prometa sempre despejar em mim
   aquilo que muito te incomoda.
   Sou mais feliz quando faço-te feliz.
   Prometa-me que se
   (digo "SE" porque, como já disse,
   não controlo o futuro)
   eu esquecer as tardes de domingo,
   ou nossas manhãs de sábado,
   ou as aulas vagas de história,
   cortará os laços teus comigo.
   Nesse caso, tornei-me cruel demais.
   Indigno até dum olhar de desprezo.
   Uma última promessa.
   Se um dia imaginar que te esqueci.
   Me procure nos manicômios
   Estarei em algum deles,
   forçosamente medicado, num canto qualquer.

Elogios, críticas, considerações. deixe nos comentários, não guarde para si o que mundo merece ouvir. No mais, não deixe de compartilhar se você gostou, isso ajuda demais, nem se esqueça de tornar-se um seguidor do blog, para não perder postagens futuras.

terça-feira, 29 de maio de 2018

Todas as coisas inúteis dessa vida.

Já parou para olhar os detalhes do mundo? Não sei se isso e possível, tanto estilo de vida, quanto o próprio fato de nem todos conseguirem parar por um momento. Esta é uma dica que eu te dou, pare por um momento, sozinho de preferência, e observe aquilo que está acontecendo a sua volta, o mundo em si é um lugar incrível.


   É importante saber observar
   todas as coisas inúteis dessa vida.
   Situações que não valorizamos,
   possivelmente nem percebemos.
 
   Esses são os momentos sublimes.
   Os poucos segundos em que
   filosofa o universo e prega-nos peças
   Ensina de forma a não percebermos.

   Um pássaro pesqueiro, sobre uma lagoa.
   Voa, e para, e plana, e aponta, e bate a barriga na água.
   Tudo isso em um simples dia chuvoso
   para provar-te o quanto tua vida é chata.

   Nasce um broto qualquer, desponta-lhe
   um botão apertado, singelo.
   Em dia de inverno, sob sol veraneio.
   Comprovando tua fragilidade.

   Um casal bonitinho se namora.
   De repente, num simples abraço apertado
   Funde-lhes coração e alma, torna-lhes únicos.
   Escancarando-lhe tua indiferença.

   Roda o mundo em loucas fórmulas.
   Faz-se música em cada farfalhar.
   Faz-se poesia em cada paisagem.
   Demonstrando a tua ignorância.

   Todas estas coisas
   em dez minutos de ar puro.
   Todas as coisas inúteis desta vida
   são as maiores lições que se pode ter.


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sábado, 26 de maio de 2018

Quando não se entende

Muitas vezes, quase sempre, nós não nos entendemos, nem entendemos os outros, não entendemos nada e a única coisa que nos sobra é instinto. Não acho que seja o mais adequado, mas o que se pode fazer? Fechar os olhos e seguir em frente, ou ao lado, ou para trás, em situações assim, isso pouco importa.


    Eu não sei jogar seus jogos.
    Não sei o que você quer.
    Não sei brincar como você brinca.
    Não sei como se vence,
    ao menos sei como se perde.
    Estou em estranhas terras.
    Território inimigo? 
    Não sei também. Pouco importa.
    Entretanto, no mesmo grau
    do meu desconhecimento,
    insegurança, medo, talvez...
    Junto de toda areia movediça
    que é jogar com você,
    Eu falo, para não parafrasear o filósofo
    de uma coisa eu sei.
    Quero que continue.
    Coração, não pare de brincar comigo.


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terça-feira, 22 de maio de 2018

Simples Desesperança

O maior mal que um ser humano pode passar. Resolvi versar sobre aquilo que nem os inimigos merecem.



Desesperança


Pernas vêm e vão.
Um louco caminho desconexo.
Objetivo existia, mas não.
Pernas vêm, em vão.
Em caminhos sem sentido.
Choram pai, mãe e irmão.
Pernas vêm ao chão.
Em caminhos sem direção.
Pobres alvos de um cão.

Em meio a tudo isso,
toda loucura sem métrica,
mas ma rimada.
Em meio a tosqueira
Às mentes de ideias inelaboradas.
Um douro fio rubro de esperança.
Tênue joia vermelha e aurífera.

No entanto, esperança boba.
Sem embasamento.
Aquelas que se tem por pura criancice.
Por desejo sem lógica.
Vontade, sonho estúpido.
Palhaços que sabem repetir.
Parabéns.


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segunda-feira, 14 de maio de 2018

Poesia Inacabável

Há vezes que escrever é se libertar, ler é se libertar, quem sabe eu possa ajudar vocês com esse processo.
 

    Tudo o que termina
    é essencialmente infinito.
    Isso não é conjectura barata
    de um pseudofilósofo qualquer.
    Alguém com ideia curiosa,
    boba, no máximo,que acredita
    em sucesso troncho.
    Isso é pura lógica aristotélica.
    Não se finaliza
    algo já acabado.
    Não há pontos após pontos,
    até porque reticências
    são continuidades.

    Portanto, não há sentido no recomeço.
    Na volta de antigamente.
    O que acabou não tem fim.
    Não existe:"tudo será como antes".
    No mundo real, existem duas coisas,
    mobilidade e confluência,
    as duas, em conjunto,
    essencialmente infinitas.

O de sempre, compartilhem e comentem.

sexta-feira, 11 de maio de 2018

Gostos\parte-2

Quem sabe não surge uma nova série... Se bem que este poema poderia entrar em outra sessão do blog. Não ando muito paciente em escrever estas introduções, portanto fiquem bem e aproveitem a leitura.


   Eu gostaria de muitas coisas,
   gostaria de escrever sobre ti.
   Falar sobre estes teus olhos,
   estas duas pedras de diamante,
   estas peças de hipnose.
   Citar os espirais estupendos
   os quais chamam, erroneamente, cabelos
   São claramente maravilhas da natureza.
   Gostaria muito de versar o teu sorriso, 
   mas para ele só tenho uma palavra,
   talvez duas não sei...
   Com certeza ele é apaixonante,
   possivelmente, perfeito.

   Gostaria de muitas coisas.
   Principalmente, falar sobre ti,
   mas não sei se encontraria as palavras.
   Não sei se descreveria corretamente
   a unidade de sua beleza.
   A incomparabilidade dos teus traços.
   Falta-me versos e fôlego para isso.


O de sempre: compartilhem e comentem, mostrem que poesia pode ser apreciada ainda.

segunda-feira, 30 de abril de 2018

Poesia Universal

Não estou afeito a falar muito sobre esse poema, então deixarei tudo para vocês.



   Eu estou tentando escrever,
   mas não quero qualquer porcaria.
   Escrever por escrever é estupidez.
   Gostaria de algo real, tangível,
   algo que tocasse o amante e o perdido.
   Escrever para grupos seletos de entendidos
   é simples assassinato da arte.
   Culposo ou doloso, não importa,
   existe punição.
   Eu quero poesia universal.

   Também não estou a fim de só reclamar,
   como geralmente faço.
   Nem eleger musas para trovar à toa.
   No entanto, também não quero punição por isso.
   Quero liberdade, falar de moscas
   as quais pousam em cachorros deitados.
   Quero desenhos bobos e epopeias escatológicas
   Em pé de igualdade de análise,
   vistos como realmente são.
   Eu quero poesia universal.

   Tento escrever qualquer porcaria.
   Qualquer sentimento profundo.
   Aqueles, que, de tão escondidos,
   encontram-se no coração dos outros.
   Quero esmerilar as minhas válvulas
   até que batam no ritmo correto,
   no ritmo do mundo inteiro.
   Quero entendimento e desentendimento de todos,
   até que qualquer um possa dançar mentalmente comigo.
   Eu quero poesia universal.


O mesmo de sempre. Curtam se gostarem, comentem o que acharem necessário, compartilhem caso achem necessário que mais pessoas leiam.

quarta-feira, 25 de abril de 2018

Está triste a noite sem seus beijos

Para tudo se tem uma primeira vez... Sei que bons textos não costumam começar com frases feitas, mas este é um início adequado a ocasião. Pode-se imaginar o porquê desta adequação, nem é tão difícil assim. Essa será uma primeira vez para mim e para este blog, pela primeira vez vou postar um texto que não é meu. Explico a situação, há quase dois meses não estou morando em minha cidade natal, quem leu o texto de abertura do blog sabe de onde sou. Atualmente moro em Rio Grande, no sul do Rio Grande do Sul e, enquanto esperava o ônibus para ir a faculdade um senhor abordou-me no terminal urbano. Claramente estrangeiro, entregou-me uma folha plastificada com três poemas, disse que era escritor e pediu-me para comprar os textos dele. Perguntei de onde ele era e recebi a resposta: Uruguai. Perguntei se ele havia escrito em português e ele disse que não, havia escrito em espanhol e traduzido com um dicionário de biblioteca. A história comoveu-me, tratei de pagar por uma folha um pouco surrada e não pela folha plastificada a qual pensei que receberia e tive uma grata surpresa, os textos eram muito bons. Claro, a tradução não era excelente, havia seus erros de concordância, até de ortografia, mas eram bons e isso é o que importa. Por isso quis postar um deles aqui, compartilhar com vocês o que eu senti na ocasião. Já deixo claro que fiz pequenas alterações, nada que realmente mudasse o sentido, na verdade apenas corrigindo os erros já citados, sem mudança de palavras.



Está triste a noite sem seus beijos.
As estrelas evocam os seus suspiros.
O de sempre, talvez mais solitário
não suporto de novo meu calvário
ao saber que tive e terás ido.

Se teu riso não é meu, se tua pena tampouco
por que sinto que toco teu pranto, tua alegria?
Por que sinto que é minha ilusão que te alegra
e tudo que encerra o teu coração que é meu?
Por que será que rio se ris e se choras,
por que será que choras meu coração também?
Por que será que a areia é quente e sem consolo algum?
Por que será que um se sente como ausente?
Por que será que ao ver-te minha tristeza vai embora
e um sorriso assume o meu rosto dormido?
E sinto que respiro livre já em sua presença.
Volta a mim a inocência dos anos perdidos.
E agora, quando escrevo, como antes de minha vida,
Falo de ti, querida, e não falo comigo,
mas a teus olhos lindos, se algum dia  lerem
isto, o que escrevera o que te quer tanto
o que sente o teu pranto, o que chora a tua pena.

Ruben Omar Paiva


Felizmente o homem assinou, assim sei quem pode ser o autor realmente, na minha inocência prefiro acreditar que foi o próprio Ruben que vendeu o poema. O mesmo de sempre, comentem compartilhem curtam. Caso gostarem muito, tem a aba de seguidores, não exitem, cliquem mesmo.

sexta-feira, 20 de abril de 2018

Voltar não é fácil

O título da postagem diz tudo, escrever não é fácil, ainda mais em um contexto amador e sem apoio. Ainda por cima estive sem internet por esses dias o que dificultava ainda o processo de postagem. Entretanto, estamos nós aí, poesia faz parte de mim, caminho sem volta. Fiquem bem e com o texto.


    Tudo o que eu escrevo.
    Tudo o que flui no sentido caneta\papel.
    Tudo que sai da mente e vira informação.
    Todas as sinapses que desenvolvem ideia
    Todas as reações químicas que emitem sinais.
    Tudo\todas, é igual a nada.
    Tudo\todas, resume-se a poema imaturo.
    Falta-me emoção.
    Falta-me inspiração.
    Falta-me tudo.
    Maldito seja quem encucou-me poesia,
    porque tudo o que eu  escrevo me define
    e parece-me que não escrevo nada.


Obrigado a todos que visitam o site, comentem, se possível, compartilhem.

segunda-feira, 2 de abril de 2018

Gostos

Poesia, muitas vezes, é olhar para dentro de si. Viagem interna é um bom termo, outros preferem auto-conhecimento, todos podem ser referentes à leitura ou à produção do texto poético. Não acho que tenha melhor forma de dar explicações sem, digamos "entregar o ouro". Então, deixemos logo o texto com vocês.


   Eu gostaria de saber sorrir.
   Olho para as fotos, observo os outros.
   Gosto dos sorrisos alheios,
   esses que se encontram em piadas entre amigos.
   Gosto dos sorrisos maliciosos,
   que escapam de uma paquera.
   Gosto dos sorrisos de foto,
   dos momentos felizes.
   Gosto dos sorrisos embaraçosos,
   em momentos de vergonha.
   Gosto dos sorrisos inocentes,
   quando duas pessoas se conhecem.
   Gosto de provocar sorrisos
   e viajar na alegria dos outros.

   Não gosto dos meus sorrisos.
   Sempre com ar de falsidade.
   Gostaria de saber sorrir.


Gostou? Comente, compartilhe. Isso é, principalmente, força para que venham mais poemas.

sexta-feira, 30 de março de 2018

Quando se Alma

Sim... Voltei, mas por quanto tempo? Não sei, o tempo dirá...
Não muito o que falar, tem? Então, de uma forma direta:


   Hoje não estou feliz.
   Não estou triste.
   Não estou engraçado.
   Não estou de mau-humor.
   Não estou desperto.
   Não estou com sono.
   Não estou me divertindo.
   Não estou enfadado.
   Não estou gentil.
   Não estou bruto.
   Não estou afável.
   Não estou bravo.
   Não estou tranquilo.
   Não estou agitado.
   Não estou bem.
   Não estou mal.
   Não estou saudável.
   Não estou doente.
   Não estou definido.
   Não estou abstrato.
   Não estou clássico.
   Não estou modernista.
   Não estou disposto.
   Não estou cansado.
   Não estou distraído.
   Não estou concentrado.
   Não estou vivo.
   Não estou morto.
   Estou, simplesmente, poesia.


Um agradecimento especial à Paula e ao Matheus, por me lembrarem do prazer da poesia. Além disso, é importante dizer para compartilharem e comentarem. Comentem, é ótimo ler comentários.