sexta-feira, 12 de agosto de 2016

Angústia

O título resumi tudo o que eu poderia afirmar para vocês aqui, então vou direto ao poema:

    Dá-me asas para voar.
    Já não mereço nada deste mundo,
    nem ele merece algo de mim.
    Dá-me e quem sabe eu voe
    e esqueça este lugar.
    Juro que não olharei para trás.
    Juro que pegarei minhas lembranças
    e jogarei nas entranhas da Terra
    para que se reduzam ao nada,
    boas ou ruins, não quero nenhuma delas.
    Dá-me asas e, quem sabe,
    eu voe tão rápido e ninguém me veja 
    e assim serei apenas um vulto,
    não serei ninguém, um peso na consciência,
    um detalhe estranho o qual não deveria estar ali.
    Dá-me asas para respirar um ar mais leve.
    Aqui os ventos são de chumbo
    e as brisas de ácido.
    Dá-me asas e tudo isso será passado,
    talvez um passado triste,
    mas será apenas passado.

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