quarta-feira, 31 de outubro de 2018

(A)temporalidade

Um olá a todos e um pedido de desculpas. Já faz algum tempo que eu não posto, não tenho explicações para isso, até o texto já estava pronto a dias e eu simplesmente não publicava aqui. O título é uma  homenagem ao grupo "Versos que compomos na estrada", em especial a música Tempo a qual indico com veemência a todos. Espero espero ter saciado, ao menos um pouco, a sede por poesia de vocês hoje.



(A)temporalidade

   Estou à deriva.
   Minha jangada não para.
   Sempre de leste a oeste,
   a aparecer e desaparecer,
   sem nunca parar.
   Não se respira, não se pensa.
   Somente flui como newtoniano que é,
   mas não no espaço, com o espaço,
   como as indissolúveis faces de um papel
   em que a mesma história é contada
   em duas línguas diferentes.

   E o que fazer no meu barquinho,
   se não lutar contras as ondas,
   ler os meus livros,
   amar as velas dos outros,
   deixar que siga?
   Navegar é simplesmente ir.
   Ir onde é enviado.
   É abraçar quem se choca a você,
   beijar quem você chocar.
   Até que se chegue ao calmo mar.



Como já falei bastante na introdução, aqui me resta pedir. Compartilhe se gostou, pense em como seria legal discutir com aquele seu amigo que gosta de poesia. Comente também, o feedback é ótimo para mim, estimula e propicia condições de eu entender melhor o que pessoas comuns pensam sobre a poesia, um olhar um pouco mais exteriorizado dos ditos entendedores.

segunda-feira, 1 de outubro de 2018

O que não aprendi na escola

De início, já me desculpo pela demora em postar algo novo, nem sempre é possível estar atualizando o blog, mas desde já reforço o meu compromisso de sempre trazer algo a vocês, pois o mundo merece ouvir algumas coisas. Sobre o texto, sabe quando algo lhe fica engasgado durante um tempo, querendo sair, mas não sai. Hoje consegui dizer, talvez não dá melhor forma possível, disse, no entanto.


   Escrever é mais que juntar palavras.
   Tenho isso em mente,
   mas não há um dia sequer
   que não penso em você
   e nas coisas que gostaria de fazer contigo.
   Dá-me uma vontade louca
   de escrever tudo que me vem,
   de abarrotar as bibliotecas com você.
   Mas escrever é mais que juntar palavras.

   Escrever é sentir cada átomo
   de uma gota de chuva
   e entender o que eles querem te falar.
   Ao mesmo tempo que não sabe
   muito bem o porquê de nada.
   Escrever é buscar a terceira via,
   fugir da dicotomia do mundo.
   Mais que móvel e imóvel, imaginável.
   Escrever é sofrer por tudo,
   mas também se alegrar sem motivo.
   É mais que juntar palavras.

   Escrever é te olhar todo dia.
   Pensar em como queria estar contigo.
   Saber exatamente tudo,
   tudo que deveria saber.
   Sem realmente entender nada.
   Ficar feliz só por ver-te passar pela porta.
   Entristecer-se quando se vai.
   Mais que acertar ou errar, abstrair.
   É mais que juntar palavras


No mais, agradeço a leitura, tomara que tenha satisfeito ao menos um pouco do desejo por poesia do seu coração. Se possível comente, gostou? compartilhe.