segunda-feira, 10 de setembro de 2018

Confissões, versos e alívio.

Às vezes eu fico pensando o que diferencia artistas dos outros. A última teoria que elaborei é que o artista quer transformar tudo em arte. Pessoas comuns, independente de inteligência, apenas vivem aquilo que lhes é posto afrente, agindo e reagindo conforme a ideologia, caráter, convicções ou mesmo como a situação exige, atropelando todas as outras. Eu (por favor não criem um juízo de valor sobre o que vou escrever, não me coloco superior a ninguém é apenas relato daquilo que sempre existiu) vejo tudo na forma de versos, tento entender todas as coisas como poesia. Com isso em mente, acredito que o próximo poema ficará um tanto mais palatável.



   Não há um dia sequer
   que este teu olhar não me torture.
   Não há culpa, mágoa, dor.
   Só existe desejo,
   o desejo louco de te amar.
   Um louco não-maníaco, mas inexplicado.
   Eu o compreendo, no entanto não há
   quem me faça entender a causa-efeito.
   Você me olha e o peito grita.
   Grita de vontade de estar ao teu lado.
   Vontade de te contar meu dia.
   Vontade de ouvir suas músicas favoritas.
   Vontade de deitar no silêncio do teu colo.

   Entretanto, há a barreira intransponível
   dessa nossa timidez.
   Que eu simplesmente esqueço
   ao sentir o cheiro dos teus cabelos.
   Esse cheiro de... De...
   De brisa no verão.
   De água pra quem tem sede.
   De retorno ao lar.
   Ele transforma qualquer coletivo
   nos jardins de Amsterdam,
   nas praias da Indonésia,
   no conforto de uma lareira.
   Basicamente, nos lugares onde quero estar.
   Estar, contigo, sempre.



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2 comentários:

  1. Tá apaixonado, hein, Modesto?!
    Ahaaaaaaaaaaaam

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    Respostas
    1. Não há um dia que eu não esteja. Obrigado por comentar pessoa anônima,kkk, que eu tenho uma ideia de quem seja pela forma que você me chamou.

      Excluir