sábado, 24 de novembro de 2018

Quase esperança

Você poderia me dizer os momentos que te deixam feliz, às vezes sem um grande motivo? Sim aquela pessoa que, sem dizer nada, te brinda com um sorriso em teu rosto, ou aquele filhote, ou flor que te paralisa por alguns segundos da mais pura contemplação. Foi essa sensação que quis passar hoje, os momentos que nós simplesmente existimos, em êxtase.



   É uma vontade de respirar,
   de te ver e assim faz-se esperança.
   Sim! Ver-te traz esperança,
   é ver passarinho sair do ninho,
   é saber que o Sol irá nascer,
   é abraço de criança.
   Eu sonho todo dia
   em ver-te sempre mais.
   Mudo meus caminhos
   para ver se cruzam com os teus.
   Você já me define, hoje,
   sem ao menos imaginar quem sou.
   Assim eu vou sempre sonhar,
   em ver-te todo dia.



Assim, vai ficando mais um texto para traz e mais um pedido encarecido para compartilhar o texto em suas redes sociais e comentar aqui em baixo, deixar um registro, opinião, críticas (positivas ou negativas). Sempre bom ter o feedback de vocês.

sexta-feira, 16 de novembro de 2018

Eu não sei o que dizer

Para que escrever tanto, o que eu ganho com isso? A pergunta é frequente e a resposta é a mesma: absolutamente nada. Pelo menos nada do mundo, nenhum reconhecimento, nem um único centavo. Tudo isso (ou nada disso) não me impede de continuar a esmerilar a palavra sempre que possível. Em total dissonância com que querem provar, talvez a recompensa não seja exterior, talvez não seja conquista de dinheiro, fama, amores que seja o objetivo final e definitivo. Claro que isso soa clichê, a realidade tão bem estabelecida soa clichê, assim como eu vir aqui e afirmar que o Sol nascerá amanhã não será especial a ninguém. Dizer algo que todos já sabem, mesmo que virem o rosto para não ver a aurora, nunca será novidade alguma. No entanto, aquilo nem todos sabem, na verdade ninguém realmente sabe, por que se dar tanto a escrever? Talvez o prazer de contemplar parte de si eternizar-se como arte seja algo que o ser humano não esteja habituado, muito menos racionalizado em algum grau, por isso a estranheza e falta de prática de fazer-se eterno sem ser infinito. No mais, fiquem bem e com o texto.



   Eu não sei o que dizer.
   Escuto, vejo, sinto.
   Não há no entanto
   o que dizer.
   Não que não haja realmente,
   metafisicamente, sempre há.
   A contenda reside na psiquê.
   A construção neuronal do raciocínio.
   A capacidade de esboçar o mentalizado.
   Ideias voam frente a nós o tempo todo.
   Imploram por atenção, por exposição,
   mas nós negamos isso a elas.
   Resguardamo-nos ao direito do silêncio.
   Damo-nos ao escrutínio da vergonha.
   Perecemos para monstro de nós mesmos.
   Derrotados por algo que nunca existiu:
   o terrível e indomável futuro.
   Ainda disforme e inofensivo,
   enquanto isso, as ideias voam por aí.



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sábado, 10 de novembro de 2018

Caminhos

Perdido nas anotações estava ele. Logo me veio que não poderia deixar de postá-lo. Então aqui está, espero que gostem.



   Caminhos existem.
   Caminhos inesperados.
   Caminhos desesperados.
   Caminhos exasperados.
   Basicamente, caminhos existem.
   Loucura é escolher.
   Porque caminhos traçados
   são rastros em mármores.
   São pesos eternos na memória.
   Caminhos não têm volta.
   Caminhos têm desvios.
   Loucura é escolher.
   Eu escolhi poesia.
   Erroneamente, talvez,
   mas escolhi e não há volta.
   Loucura é escolher,
   porque poesia não te dá nada.
   Nada materialmente lógico
   e nada materialmente lógico
   dá-te algo de poesia.



Se caminhos existem, escolha o caminho de compartilhar e comentar. Brincadeiras a parte, fico muito feliz em escrever para vocês e seria muito bom atingir um novo nível e levar poesia a mais pessoas, para isso eu preciso da ajuda de vocês.

sábado, 3 de novembro de 2018

Os meus amores reais


Depois de um longo tempo, texto metrificado e rimado. Saí um pouca da zona de conforto com esse texto e estou um pouco empolgado, então, fiquem com o texto.



Os meus amores reais
são todos imaginários.
Mentalizados, são vários.
Sem começo, sem finais.
Se cria, o corpo não avança.
Não deixei de ser criança.

Vivo em constante abstração.
Pensar é tudo o que posso.
O sofrer não é meu, é nosso.
Pensar apenas é em vão.
Quero fazer-te feliz
e o que realmente fiz?

Não que eu seja necessário
ou que eu faça alguém melhor.
Nem sou unguento para dor,
mas por que ir no itinerário?
Ser ao mundo só um alento.
Poesia, isso eu intento.



Desde já agradeço a leitura. Gostaria de recomendar os outros poemas do blog. Gostou? Compartilhe e comente aqui em baixo, é sempre excelente ler comentários.