segunda-feira, 30 de abril de 2018

Poesia Universal

Não estou afeito a falar muito sobre esse poema, então deixarei tudo para vocês.



   Eu estou tentando escrever,
   mas não quero qualquer porcaria.
   Escrever por escrever é estupidez.
   Gostaria de algo real, tangível,
   algo que tocasse o amante e o perdido.
   Escrever para grupos seletos de entendidos
   é simples assassinato da arte.
   Culposo ou doloso, não importa,
   existe punição.
   Eu quero poesia universal.

   Também não estou a fim de só reclamar,
   como geralmente faço.
   Nem eleger musas para trovar à toa.
   No entanto, também não quero punição por isso.
   Quero liberdade, falar de moscas
   as quais pousam em cachorros deitados.
   Quero desenhos bobos e epopeias escatológicas
   Em pé de igualdade de análise,
   vistos como realmente são.
   Eu quero poesia universal.

   Tento escrever qualquer porcaria.
   Qualquer sentimento profundo.
   Aqueles, que, de tão escondidos,
   encontram-se no coração dos outros.
   Quero esmerilar as minhas válvulas
   até que batam no ritmo correto,
   no ritmo do mundo inteiro.
   Quero entendimento e desentendimento de todos,
   até que qualquer um possa dançar mentalmente comigo.
   Eu quero poesia universal.


O mesmo de sempre. Curtam se gostarem, comentem o que acharem necessário, compartilhem caso achem necessário que mais pessoas leiam.

quarta-feira, 25 de abril de 2018

Está triste a noite sem seus beijos

Para tudo se tem uma primeira vez... Sei que bons textos não costumam começar com frases feitas, mas este é um início adequado a ocasião. Pode-se imaginar o porquê desta adequação, nem é tão difícil assim. Essa será uma primeira vez para mim e para este blog, pela primeira vez vou postar um texto que não é meu. Explico a situação, há quase dois meses não estou morando em minha cidade natal, quem leu o texto de abertura do blog sabe de onde sou. Atualmente moro em Rio Grande, no sul do Rio Grande do Sul e, enquanto esperava o ônibus para ir a faculdade um senhor abordou-me no terminal urbano. Claramente estrangeiro, entregou-me uma folha plastificada com três poemas, disse que era escritor e pediu-me para comprar os textos dele. Perguntei de onde ele era e recebi a resposta: Uruguai. Perguntei se ele havia escrito em português e ele disse que não, havia escrito em espanhol e traduzido com um dicionário de biblioteca. A história comoveu-me, tratei de pagar por uma folha um pouco surrada e não pela folha plastificada a qual pensei que receberia e tive uma grata surpresa, os textos eram muito bons. Claro, a tradução não era excelente, havia seus erros de concordância, até de ortografia, mas eram bons e isso é o que importa. Por isso quis postar um deles aqui, compartilhar com vocês o que eu senti na ocasião. Já deixo claro que fiz pequenas alterações, nada que realmente mudasse o sentido, na verdade apenas corrigindo os erros já citados, sem mudança de palavras.



Está triste a noite sem seus beijos.
As estrelas evocam os seus suspiros.
O de sempre, talvez mais solitário
não suporto de novo meu calvário
ao saber que tive e terás ido.

Se teu riso não é meu, se tua pena tampouco
por que sinto que toco teu pranto, tua alegria?
Por que sinto que é minha ilusão que te alegra
e tudo que encerra o teu coração que é meu?
Por que será que rio se ris e se choras,
por que será que choras meu coração também?
Por que será que a areia é quente e sem consolo algum?
Por que será que um se sente como ausente?
Por que será que ao ver-te minha tristeza vai embora
e um sorriso assume o meu rosto dormido?
E sinto que respiro livre já em sua presença.
Volta a mim a inocência dos anos perdidos.
E agora, quando escrevo, como antes de minha vida,
Falo de ti, querida, e não falo comigo,
mas a teus olhos lindos, se algum dia  lerem
isto, o que escrevera o que te quer tanto
o que sente o teu pranto, o que chora a tua pena.

Ruben Omar Paiva


Felizmente o homem assinou, assim sei quem pode ser o autor realmente, na minha inocência prefiro acreditar que foi o próprio Ruben que vendeu o poema. O mesmo de sempre, comentem compartilhem curtam. Caso gostarem muito, tem a aba de seguidores, não exitem, cliquem mesmo.

sexta-feira, 20 de abril de 2018

Voltar não é fácil

O título da postagem diz tudo, escrever não é fácil, ainda mais em um contexto amador e sem apoio. Ainda por cima estive sem internet por esses dias o que dificultava ainda o processo de postagem. Entretanto, estamos nós aí, poesia faz parte de mim, caminho sem volta. Fiquem bem e com o texto.


    Tudo o que eu escrevo.
    Tudo o que flui no sentido caneta\papel.
    Tudo que sai da mente e vira informação.
    Todas as sinapses que desenvolvem ideia
    Todas as reações químicas que emitem sinais.
    Tudo\todas, é igual a nada.
    Tudo\todas, resume-se a poema imaturo.
    Falta-me emoção.
    Falta-me inspiração.
    Falta-me tudo.
    Maldito seja quem encucou-me poesia,
    porque tudo o que eu  escrevo me define
    e parece-me que não escrevo nada.


Obrigado a todos que visitam o site, comentem, se possível, compartilhem.

segunda-feira, 2 de abril de 2018

Gostos

Poesia, muitas vezes, é olhar para dentro de si. Viagem interna é um bom termo, outros preferem auto-conhecimento, todos podem ser referentes à leitura ou à produção do texto poético. Não acho que tenha melhor forma de dar explicações sem, digamos "entregar o ouro". Então, deixemos logo o texto com vocês.


   Eu gostaria de saber sorrir.
   Olho para as fotos, observo os outros.
   Gosto dos sorrisos alheios,
   esses que se encontram em piadas entre amigos.
   Gosto dos sorrisos maliciosos,
   que escapam de uma paquera.
   Gosto dos sorrisos de foto,
   dos momentos felizes.
   Gosto dos sorrisos embaraçosos,
   em momentos de vergonha.
   Gosto dos sorrisos inocentes,
   quando duas pessoas se conhecem.
   Gosto de provocar sorrisos
   e viajar na alegria dos outros.

   Não gosto dos meus sorrisos.
   Sempre com ar de falsidade.
   Gostaria de saber sorrir.


Gostou? Comente, compartilhe. Isso é, principalmente, força para que venham mais poemas.