domingo, 19 de agosto de 2018

Descobertas

Sim, voltei, não sei por quanto tempo. Poderia dar muitas desculpas para demorar a postar, no entanto isso não passaria de compor uma música que não merece ser tocada. Sobre o poema, ele é o que é, sem mais.


Eu não sei o momento exato
em que o Sol parou de brilhar
com a mesma intensidade.
Acho que foi uma decisão dele...
Pessoas mudam, por que não sóis?
Talvez nesse ciclo de nascer e morrer,
algo deve ter nascido em sua mente.
A culpa é sempre dos outros mesmo.

Mas isto não vem ao caso.
Porque foi aí que eu perdi meu medo de abelhas.
Descobri que fui picado mais de uma vez,
não sou alérgico.
Descobri que não preciso só correr atrás de mel,
há outros modos de adoçar a boca
Sei também que meu corpo não precisa ficar incólume.
Se doer, doeu, não há como fugir disso.
Muito pior que a dor é o medo.

Foi só com o Sol brilhando menos.
A luz batendo menos no braço
e os cabelos se eriçando com o frio.
Não dá para viver tateando o escuro,
ou só correr pela floresta a esmo.
Só com o Sol brilhando menos que eu entendi.
Entendi que não dá para viver
só para ver qual a próxima
cartada do maldito destino.
Viver tem que ser um pouco mais,
mas é. Eu que descobri
somente quando o Sol brilhou menos.



Fala pessoal, tudo bom? Sentiram saudades? Espero que tenham gostado, aqui eu deixo o de sempre, compartilhem e comentem, ajuda muto. Até a próxima.

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