sexta-feira, 15 de abril de 2016

Soneto da depressão

O meu primeiro escrito foi com ar bem mais leve, sem grandes pretensões literárias, mas hoje eu trago um poema bem diferente. Espero que gostem. Se gostarem, compartilhem, comentem e voltem, postarei novamente.



     Um vazio está profundamente cheio
     Com o cheiro nebuloso da morte.
     Cheiro doce, cheiro bom, cheiro forte
     E o denso breu que está impregnado ao meio.

     Um pouco de luz, um rumo... Um norte,
     Meu desejo, por completo, por inteiro.
     Não suporto mais o horror, o breu, o cheiro,
     Pois aqui jaz males de grande porte.

     Sinto ela escapar-me pelos meus dedos.
     Inspiro o pesado odor do fracasso
     E este, acentua o brilho dos meus medos.

     E os medos bloquearam o que faço.
     Ando incapaz, pelas ruas, pelos becos.
     Triste fim, ao poeta de verso escasso.



Se quiserem destacar algo, por favor, comentem.

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