quinta-feira, 21 de maio de 2020

As coisas sem propósito

Por que eu voltei a postar? Não sei, talvez não devesse parar. Não acredito q isso vai ser lido por muita gente, mas o lema do blog é: não guarde para si o que o mundo merece ouvir, então meio que senti a obrigação de falar algo para vocês.


    Quanto de mim vivi
    até o dia chamado hoje?
    Hoje que é algo inexistente,
    pois tão logo torna-se ontem
    que já não importa mais
    e perde-se em seu propósito
    de tempo atual.
    Algo sem propósito não existe
    ou não deveria existir,
    não sei ao certo e não importa.
    O que queria saber é:
    Quanto de mim vivi
    até o dia chamado hoje?


Sem mais gente, comentem se possível, compartilhem em suas redes sociais se acharem convenente.

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2019

A lógica de não se importar

Já pararam pra na ilogicidade do mundo, do tanto que nos cobramos sobre coisas que não existem. Esse poema tem muito a ver com isso, sobre as decisões que tomamos e o porquê delas.



   Eu bem sei quando perdi meus sonhos.
   A perseguição do não entendo.
   Eu bem sei que desisti do impossível.
   De tentar entender.
   Isso não me fez mais forte.
   Não estou mais fraco.
   Faz-me deslumbrado.
   Faz-me livre para viver.
   Sou despreocupado do futuro.
   Não fiz compromissos com ele.



Gostaram? Não deixem de então de compartilhar nas redes sociais e trazer novos leitores. Comentem o que acharem pertinente, é sempre ótimo receber o feedback de vocês.

segunda-feira, 28 de janeiro de 2019

Ciclo da Vida

Eu te desafio a me contar um fato realmente novo em sua vida, algo sem paralelo, uma verdadeira mudança no espectro da sua existência.


   Os Homens e suas manias.
   Mania de lembrar.
   Mania de remoer.
   De falar em decepção
   quando o que se tem
   é apenas uma saudade ressentida.
   Tudo é mania, tudo repetição.
   Tudo vontade de mudar,
   mesmo fazendo tudo igual.


Dicas, críticas, dúvidas, deixe nos comentários. Gostou de verdade? Então não deixe de compartilhar nas sus redes sociais.

sexta-feira, 11 de janeiro de 2019

Os dois mestres

Seus mestres


Zaratustra falou, mas não foi como relatou Nietzsche, esse é apenas um impostor mundano que não tinha muita certeza do que dizia e por isso assumiu pseudônimos. Em verdade, Zaratustra propôs um mundo binário, onde tudo se dividia em bom e mau, perfeito e imperfeito, criação e destruição. Uma forma muito fácil de ver o cosmos, dividir tudo em caixas indissolúveis e intocáveis, numa maneira meio sórdida de não se confundir e sempre poder culpar algo. Não me leve a mal, não estou aqui para criticar o profeta, mas não consigo ver as coisas como claras, talvez (e provavelmente, visto que não fui eu que não fui eu quem criou uma religião que perdura pelos séculos) quem esteja errado sou eu e tudo tenha resposta, só não é evidente as mentes simples. Há, no entanto, uma concepção que se alinha com os ideais do antigo filósofo na qual eu acreditaria sem muito pestanejo (até porque nenhum pestanejo é a base para a idiotice): existem dois mestres, o mestre cão e o mestre gato. O restelho são descendentes, ou mimados demais, ou mal tratados demais para uma opinião coerente.

Esses dois ensinadores se apresentariam naturalmente a você durante a vida. O grande mestre cão iria te ensinar como ser feliz e como essa é a finalidade da vida. Com certeza ele escreveria sobre como cada momento é único e necessário de apreciação e de completa contemplação. Aqueles que quisessem saber mais sobre essa filosofia tenra, até agradável, seriam ensinados por alguns alunos de mestre cachorro sobre o modo de vida e teriam os ensinamentos mais básicos sobre comportamento, como: não morda a mão que te afaga, tenha bons amigos, coma de tudo sem reclamações, queira ter as pessoas por perto, seja grato por tudo. Quem entendesse e vivesse isso seria levado a um outro local e ensinado pelo próprio mestre sobre a como tratar os outros ao seu redor. Professor cão diria a esses dedicados alunos como todo ser que existe é importante e que nossa função é fazê-los felizes. Somente ao abrirmos de mão da alegria nossa e buscarmos a dos indivíduos ao redor, alcançaríamos a nossa verdadeira felicidade. Aqui muitos desistiriam, porque são egoístas e aceitariam o bem-estar alheio com a condição do bem-estar interior. No entanto, não há quem desminta mestre cão, nem mesmo mestre gato, no máximo podem ignorá-lo, mas não rebatê-lo.

Em uma total discordância disso está mestre gato, sem escritos, sem uma filosofia organizada, falaria apenas quando tivesse vontade e quem quisesse escutá-lo. Inicialmente quebraria toda essa ideia de felicidade. Demonstraria cruelmente que isso é apenas um estado de ilusão induzido por prazeres repetidos. O indivíduo tem necessidades as quais ele deve saná-las da maneira mais simples possível, disse certa vez. Se sente fome, coma. Se sente frio, agasalhe-se. Se sente cansaço, durma. Se sente-se amedrontado, fuja, se quiser amar, ame. Para que tudo isso ocorra, utilize-se de quem está a sua volta, sem nunca depender realmente de alguém, pois todos falham, falharam e falharão, principalmente você, por isso não crie expectativas. Falaria sobre a importância de nunca baixar a guarda e estar sempre atento, em posição de destaque, porque alguém pode atacar-te sem motivo, mas também haveria aqueles que, apesar de serem arranhados várias e várias vezes, nunca sairia do seu lado, por isso não despreze ninguém. Nunca seja absoluto, nunca espere a eternidade, mas também não a descarte. Por essas e outras muitos acusarão mestre Felino de ser mau e de incentivar o individualismo e que todos se virem uns contra os outros para realizarem seus desejos, quando isso não é verdade, ele apenas fala para não se ater a regras sociais ou autoinduzidas que são estúpidas. Por isso ninguém poderá desmentir mestre gato, nem mesmo mestre cachorro.

No final, quem está certo? Você acha mesmo que tem dignidade para dizer quem está certo? Eu não me coloco neste lugar, acho que até temos alguém correto, ou os dois errados, mas tenho mais convicção em afirmar que as nossas ânsias em determinar o certo e errado do pensamento dos outros é muito mais uma vontade orgulhosa de se colocar como O Detentor do Conhecimento. Sem dúvida alguma, eles estão mais certos do que nós.



Como nota de esclarecimento, não quis determinar a personalidade dos animais com esse texto, apenas me apropriei de arquétipo que já está estabelecido para desenvolver o escrito. 

Dúvidas, críticas, dicas e pedidos, por favor, deixe nos cometários. Gostou? Então não deixe de compartilhar nas suas redes sociais.

terça-feira, 1 de janeiro de 2019

Garota de Perfil

Depois de algum tempo sem postar nada, por pura displicência, nada como uma volta triunfal. Trouxe-lhes um sonetinho domais puro carinho do caminho do poeta, espero que gostem.


   Ai! Observa a garota de perfil
   Olhos curiosos, mexendo em festim.
   Festas dançantes de risos sem fim.
   Contemplar-te somente, glórias mil.

   Ai! Observa a garota de perfil.
   Boca fechada, provocando a mim.
   A boca aberta, o mais puro marfim.
   Pelos betume, negrume feril.

   Dai-me a mão, tirai meu corpo submerso
   Um sorriso, um olhar, verdades ledas
   os quais não existe algo que eu mais intente

   Brilhai incessante, brilhai avidamente.
   Mirai a luz dos teus olhos às veredas
   Iluminai os caminhos dos meus versos.


Gostou? Compartilhe e comente, isso ajuda muito o projeto.

sábado, 24 de novembro de 2018

Quase esperança

Você poderia me dizer os momentos que te deixam feliz, às vezes sem um grande motivo? Sim aquela pessoa que, sem dizer nada, te brinda com um sorriso em teu rosto, ou aquele filhote, ou flor que te paralisa por alguns segundos da mais pura contemplação. Foi essa sensação que quis passar hoje, os momentos que nós simplesmente existimos, em êxtase.



   É uma vontade de respirar,
   de te ver e assim faz-se esperança.
   Sim! Ver-te traz esperança,
   é ver passarinho sair do ninho,
   é saber que o Sol irá nascer,
   é abraço de criança.
   Eu sonho todo dia
   em ver-te sempre mais.
   Mudo meus caminhos
   para ver se cruzam com os teus.
   Você já me define, hoje,
   sem ao menos imaginar quem sou.
   Assim eu vou sempre sonhar,
   em ver-te todo dia.



Assim, vai ficando mais um texto para traz e mais um pedido encarecido para compartilhar o texto em suas redes sociais e comentar aqui em baixo, deixar um registro, opinião, críticas (positivas ou negativas). Sempre bom ter o feedback de vocês.

sexta-feira, 16 de novembro de 2018

Eu não sei o que dizer

Para que escrever tanto, o que eu ganho com isso? A pergunta é frequente e a resposta é a mesma: absolutamente nada. Pelo menos nada do mundo, nenhum reconhecimento, nem um único centavo. Tudo isso (ou nada disso) não me impede de continuar a esmerilar a palavra sempre que possível. Em total dissonância com que querem provar, talvez a recompensa não seja exterior, talvez não seja conquista de dinheiro, fama, amores que seja o objetivo final e definitivo. Claro que isso soa clichê, a realidade tão bem estabelecida soa clichê, assim como eu vir aqui e afirmar que o Sol nascerá amanhã não será especial a ninguém. Dizer algo que todos já sabem, mesmo que virem o rosto para não ver a aurora, nunca será novidade alguma. No entanto, aquilo nem todos sabem, na verdade ninguém realmente sabe, por que se dar tanto a escrever? Talvez o prazer de contemplar parte de si eternizar-se como arte seja algo que o ser humano não esteja habituado, muito menos racionalizado em algum grau, por isso a estranheza e falta de prática de fazer-se eterno sem ser infinito. No mais, fiquem bem e com o texto.



   Eu não sei o que dizer.
   Escuto, vejo, sinto.
   Não há no entanto
   o que dizer.
   Não que não haja realmente,
   metafisicamente, sempre há.
   A contenda reside na psiquê.
   A construção neuronal do raciocínio.
   A capacidade de esboçar o mentalizado.
   Ideias voam frente a nós o tempo todo.
   Imploram por atenção, por exposição,
   mas nós negamos isso a elas.
   Resguardamo-nos ao direito do silêncio.
   Damo-nos ao escrutínio da vergonha.
   Perecemos para monstro de nós mesmos.
   Derrotados por algo que nunca existiu:
   o terrível e indomável futuro.
   Ainda disforme e inofensivo,
   enquanto isso, as ideias voam por aí.



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